O governador do BdP lembra que nem sempre as reformas em Portugal têm tido suceso e defende que, para que esta possa ter um final mais feliz, vai ser necessário encontrar um novo contrato social.
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Na conferência sobre Organização e Gestão do Setor Público, Carlos Costa lembrou que nem sempre as reformas em Portugal têm tido suceso, sublinhando que, para que esta possa ter um final mais feliz, vai ser necessário encontrar um novo contrato social.
«Este é o momento para corrigirmos o rumo. É necessário um novo contrato social, assente no desenvolvimento de instituições inclusivas, que subordinem a despesa pública ao esforço tributário socialmente aceitável e a uma hierarquia de prioridades politicamente legitimada», sublinhou.
O governador do Banco de Portugal destacou também a ideia de que não é possível para uma reforma profunda um curto espaço de tempo para fazer essas alterações.
De igual modo, Teodora Cardoso, presidente do Conselho de Finanças Públicas, avisou que uma reforma do Estado profunda não pode ser feita num curto espaço de tempo.
Teodora Cardoso considerou que cortar quatro mil milhões não significa reformar, defendendo que, para uma reforma mais profunda seria, preciso fazer algumas alterações na Constituição.