No final do encontro com o ministro da Economia, o líder da CGTP afirmou que o país tem condições para aumentar o salário mínimo para os 500 euros até ao final deste ano.
Corpo do artigo
O líder da CGTP, Carvalho da Silva, encontrou-se esta manhã, e pela primeira vez, com o novo ministro da Economia e Emprego, Álvaro Santos Ferreira, a quem reafirmou que é «imperioso» aumentar o salário mínimo.
«Essa foi uma das matérias em que mais insistimos. O senhor ministro prometeu que ia estudar e ouvir as exposições dos parceiros, mas é imperioso e há condições para o aumento do salário mínimo nacional, tal como está determinado, para os 500 euros este ano», referiu.
Quanto à revisão da legislação laboral imposta pelo acordo com a "troika", Carvalho da Silva deixou o aviso de que os "homens do FMI" não podem impor políticas a Portugal.
«A primeira questão que dissemos é que a 'troika' não pode impor nada. Relembramos que, ainda recentemente, todos os sindicatos europeus aprovaram por unanimidade que não pode haver intervenções estrangeiras ou exteriores na determinação das políticas salariais e dos princípios fundadores das relações de trabalho em cada país», sublinhou Carvalho da Silva.
Se as coisas não correrem como a CGTP espera, a central sindical não promete contestação «mas dizemos aos trabalhadores portugueses que enquanto não se 'levantarem' e não se mobilizarem, o país estará a regredir».
No final do encontro, Carvalho da Silva afirmou ainda que não ficou «impressionado» com o novo ministro do sector.