
Cavaco Silva, Presidente da República
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O Presidente da República, Cavaco Silva, subscreve a posição do Governo e parceiros sociais, considerando «inaceitável» a proposta de orçamento comunitário para o período 2014-2020.
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Secundando a posição do Governo, o chefe de Estado critica fortemente o «grande corte nas verbas destinadas à política de coesão e à agricultura».
Cavaco Silva sublinha que «num tempo em que se exigem sacrifícios aos povos da Europa com políticas de austeridade no domínio orçamental, a União Europeia (UE) deve ter um orçamento amigo do crescimento económico e não amigo da austeridade».
O Presidente da República diz que «não faz sentido» austeridade europeia em cima de austeridade nacional e, por isso, diz esperar «que o pilar da solidariedade e da coesão social seja preservado e que a sabedoria e o bom senso dos chefes de Estado e do Governo prevaleça» para que no final o orçamento «possa ser aceite por todos os estados membros».
Cavaco lembra que não é apenas Portugal que se mostra contra esta proposta, mas também os restantes países da coesão. Por isso, o Governo «deve manter-se firme» nas negociações políticas deste Conselho Europeu, que arranca esta quinta-feira em Bruxelas.
Na proposta elaborada pela presidência do Conselho Europeu, o orçamento comunitário prevê um corte de 17% no dinheiro habitualmente fornecido a Portugal só para a política regional.
Feitas as contas, tendo como base o orçamento europeu de 2011, este corte de 17 por cento pode representar perdas na ordem dos 500 milhões de euros/ano, no período entre 2014 e 2020.