O chefe de Estado desvalorizou a derrapagem do défice para 5,3 por cento, considerando que mais importante que «a décima da meta do défice» é garantir o menor impacto possível sobre a atividade económica e o emprego.
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«Não me parece que seja uma questão muito, muito importante um desvio em relação à meta do défice em 2,3 ou 4 ou 5 décimas», afirmou, lembrando que o défice é «uma variável que as autoridades não controlam diretamente».
Cavaco Silva falava à imprensa à margem da Taça Portugal Solidário, que se realiza no Oceânico Victoria Clube de Golfe, em Vilamoura, um torneio com o alto patrocínio da Presidência da República.
«Para mim, é muito mais importante prestar atenção às políticas que são conduzidas por forma a garantir a sustentabilidade das finanças públicas», acrescentou.
O chefe de Estado considerou ainda que a economia portuguesa deverá recuperar dentro de poucos trimestres, apesar de a situação económica espanhola e a disponibilização de crédito às empresas sejam «fatores de incerteza».
«É normal que não daqui a muito tempo, não daqui a muitos trimestres, se verifique uma recuperação da economia portuguesa», defendeu.