O Presidente da República considerou «não haver a mínima justificação» para o corte de rating a Portugal por parte da Moody's e defendeu uma «resposta europeia» nesta matéria.
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Em resposta a questões colocadas pela Lusa, sobre o corte de rating em quatro níveis efectuado pela Moody's, fonte oficial da Presidência da República respondeu que o chefe de Estado «considera não haver a mínima justificação para que o rating de longo prazo de Portugal tenha sofrido tal corte».
Segundo a mesma fonte, o Presidente da República «congratula-se com a condenação da atitude da agência de notação financeira Moody's por parte da União Europeia, de instituições europeias e internacionais e de vários governos europeus».
Cavaco Silva defende ainda que «as questões em torno da avaliação do risco e da notação financeira dos Estados-Membros da União Europeia devem merecer uma resposta europeia».
A agência de notação financeira Moody's cortou terça-feira em quatro níveis o rating de Portugal de Baa1 para Ba2, colocando a dívida do país na categoria de 'lixo' (junk).
A Moody's argumenta que existe o risco crescente de Portugal precisar de um segundo pacote de empréstimos internacionais antes de conseguir regressar aos mercados no segundo semestre de 2013.
Refere também que existe uma «possibilidade crescente de a participação dos investidores privados ser imposta como pré-condição» para esse segundo resgate, à semelhança do que está a ser estudado no âmbito de um segundo pacote de ajuda à Grécia.
O terceiro argumento prende-se com o agravamento dos receios de que Portugal não seja capaz de cumprir a totalidade das metas de redução do défice e da dívida acordadas com a "troika", no âmbito do empréstimo de 78 mil milhões de