Cavaco: «Temos as condições para que tendência de crescimento seja consolidada»

Cavaco Silva
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Apesar de uma taxa de desemprego que se mantém muito elevada, o Presidente da República sublinha que há vários indicadores positivos que o deixam «otimista».
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O Presidente da República admitiu na sexta-feira, em Toronto, que se apresenta «como uma pessoa mais otimista» do que há um ano, sublinhando que há «uma realidade objetiva» que se pode observar e que revela o início de um movimento de crescimento.
Sublinhando que agora já pode apresentar os números do crescimento económico nos últimos três trimestres do ano de 2013 e a redução do desemprego em Portugal, Cavaco Silva reiterou que, em sua opinião, o crescimento económico em 2014 «será superior àquele que era antecipado pelo Governo português e que era antecipado pelas organizações internacionais».
Aliás, acrescentou, no âmbito da apresentação das conclusões da 11ª avaliação ao programa de Assistência económica e financeira, o próprio executivo reviu em alta as estimativas económicas para 2014, esperando agora que o Produto Interno Bruto cresça 1,2% e que a taxa de desemprego seja de 15,7% este ano.
«Penso que é um ajustamento que aproxima a previsão daquilo que parece ser a realidade neste momento», vincou o Presidente da República.
Cavaco Silva acrescentou ainda que outra das razões do seu otimismo tem que ver com a evolução das taxas de juro das obrigações a dez anos. «Há uma realidade objetiva que nós podemos observar», insistiu, ressalvando, contudo, que a taxa de desemprego é ainda muito elevada, apesar da redução verificada nos últimos meses.
Mas, reiterou, o que interessa aqui é se iniciou «um movimento de crescimento» e «uma inversão da tendência».
Questionado se teme que o país volte atrás no caminho que está agora a começar a percorrer, o Presidente da República voltou a dizer que existem «todas as condições para que a tendência de crescimento económico seja consolidada».
«Os indicadores objetivos que temos disponíveis do lado do INE [Instituto Nacional de Estatística] não nos apontam em sentido contrário, temos de acreditar nas informações objetivas estatísticas que nos são apresentadas, incluindo os inquéritos aos consumidores, aos industriais, que são os chamados os indicadores antecipados, que antecipam um pouco aquilo que pode acontecer no futuro», referiu.