Os centristas sublinham ainda o "empenho" do partido no combate à aplicação de sanções a Portugal. "Empenhámo-nos de forma muito ativa", salienta o porta-voz, João Almeida.
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"É justa, era já esperada por nós e é positiva", diz o porta-voz do CDS-PP acerca da decisão da União Europeia (UE), que hoje anunciou o cancelamento do processo relativo às sanções a Portugal, João Almeida
Afirmando que "uma sanção, neste momento, limitaria em muito o nosso crescimento", João Almeida, manifestou-se agradado com a decisão de Bruxelas, salientando ainda o papel dos centristas no desfecho do processo.
"O CDS empenhou-se muito, escreveu uma carta ao presidente da Comissão logo que o processo se iniciou, escreveu outra carta, mais recentemente, quando se confirmou através do relatório do Orçamento do Estado que o défice, descontando a medida do Banif, foi de 2,8% em 2015, portanto, abaixo de 3%", disse.
Respondendo aos jornalistas, o deputado do CDS-PP acrescentou ainda que a aplicações a Portugal não faria sentido, justificando essa posição com o "esforço que Portugal tinha feito nos últimos anos".
"Concretamente, pelo resultado do défice do ano passado, que como sempre dissemos, retirando as medidas do setor financeiro, não havia um défice superior a 3%", acrescentou.
Esta quarta-feira, a Comissão "chegou à conclusão de que os procedimentos de défice excessivo de ambos os Estados-Membros devem ser suspensos", anulando qualquer congelamento de fundos estruturais. Estes dossiê fica definitivamente encerrado, já que Bruxelas nem apresentará proposta, deixando o Conselho Europeu fora da decisão.
Sobre o projeto orçamental, a Comissão identifica "um risco de incumprimento dos requisitos para 2017". Mas, o comissário dos assuntos Económicos e Financeiros, Pierre Moscovici, manifestou "agradável surpresa" pelos dados apresentados na terça-feira sobre o crescimento da economia.