João Vieira Lopes, da Confederação do Comércio e Serviços, reage às acusações do dirigente da CGTP que, em entrevista à TSF, acusou os patrões de querem fazer da concertação social "uma trincheira".
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"A CGTP tem muito pouca autoridade para fazer essa acusação já que, nos últimos anos, que me lembre a CGTP nunca subscreveu um acordo da concertação social. Portanto, estranho muito uma acusação desse tipo", afirma João Vieira Lopes.
Arménio Carlos, em entrevista à TSF, acusa as confederações patronais de usarem a concertação social como força de bloqueio. "O que nós verificamos é que as confederações patronais têm uma estratégia muito clara: fazer da concertação social não um espaço de diálogo e negociação, mas uma trincheira para condicionar o governo a promover a alteração das leis que são mais gravosas para os trabalhadores", diz o dirigente sindicalista.
Sobre a questão do salário mínimo, João Vieira Lopes afirma que sempre estiveram abertos à discussão, mas "tendo em conta um conjunto de parâmetros que têm a ver com a evolução da economia, da inflação, da produtividade, de maneira a que o salário mínimo não tenha consequências negativas, especialmente sobre as pequenas e médias empresas".
O secretário-geral da CGTP defende um salário mínimo de 600 euros.