A China expressou um «apoio bastante sustentado» à candidatura da ministra francesa para a direcção do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Corpo do artigo
«Ainda não sabemos qual será a situação final» relativamente à escolha do sucessor de Dominique Strauss-Kahn na liderança do FMI, disse Zhao Xiaochuan à Dow Jones, em declarações reproduzidas pela agência France Presse.
O governador do banco central chinês sugeriu contudo que a China já sabe qual dos candidatos irá apoiar: «Actualmente, não parece que haja dúvidas sobre o assunto».
É a primeira declaração pública de um dirigente chinês de apoio à actual ministra das Finanças francesa na corrida à liderança do FMI.
Lagarde é considerada favorita à sucessão de Strauss-Kahn. O ex director-geral do FMI apresentou a sua demissão depois de ter sido acusado de agressão sexual por uma criada de quarto de um hotel de Nova Iorque.
Além de Lagarde, também o governador do Banco Central do México, Agustin Carstens, é candidato à liderança do FMI.
Nas últimas semanas, Lagarde e Carstens têm viajado pelo mundo a recolher apoios junto de estados-membros influentes. A 9 deste mês, Lagarde visitou Pequim para encontros com dirigentes do Governo chinês e declarou-se «muito satisfeita» com o resultado das conversações.
Carstens tem procurado mobilizar os países emergentes, argumentando que, no mundo contemporâneo, deixou de fazer sentido a regra tácita de atribuir a liderança do FMI a um europeu e a do Banco Mundial a um norte-americano. No entanto, Lagarde parece recolher mais apoios.
O conselho de administração do FMI estará reunido a partir de terça-feira, para tomar uma decisão, que terá de ser anunciada até quinta-feira.