A CIP pediu aos técnicos da troika para que haja «menos Estado e melhor Estado» em Portugal. Já a Confederação do Turismo quer a adaptação de «leis e regras» à situação actual.
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O presidente da Confederação da Indústria de Portugal pediu «menos Estado e melhor Estado» aos técnicos internacionais que estão a negociar a ajuda que será entregue a Portugal, grupo que entende estar bem preparado para esta tarefa.
Após um encontro com representantes da troika, António Saraiva considerou que este grupo «está muito bem informada e coloca cirurgicamente as perguntas, o que leva a crer que têm um razoável conhecimento da situação portuguesa e da dimensão do Estado e sector empresarial do Estado».
«Propusemos aquilo que temos dito:menos Estado e melhor Estados. Temos 14 mil organismos públicos, temos governadores civis que são perfeitamente dispensáveis, temos institutos socialmente inúteis. A CIP é a favor da extinção dos governadores civis», frisou.
Pela Confederação do Turismo, o presidente José Carlos Pinto Coelho lembrou que, em virtude das «previsões serem más», as «leis e regras que existem devem ser adaptadas à situação actual e durante o período que for necessário».
Com esta adaptação, pretende-se que as «empresas, em vez de mandaram as pessoas embora, possam continuar com elas mesmo que seja menos tempo ou que tenham que fazer maior sacrifício por trabalhar em horas mais desreguladas».
«Não acho que valha muito a pena falar em salários. Em salários, acho que vale a pena o sector privado poder fazer a mesma coisa que o Estado faz em salários mais altos», acrescentou.