CIP reconhece que redução das indemnizações tem de passar pela Concertação Social
O presidente da CIP lembrou que a redução do número de dias por ano para indemnizações já estava prevista no memorando com a troika. Já o líder da CCP diz que a medida beneficia as empresas.
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O presidente da CIP subscreve a proposta da redução das indemnizações para dez dias por ano, muito embora reconheça que a discussão tem de passar pela Concertação Social.
Em declarações à TSF, António Saraiva considerou que já se esperava que uma medida como estas viesse a surgir, uma vez que esta «já vem contemplada no memorando de entendimento que o país subscreveu com a troika».
António Saraiva recordou ainda que a questão dos dez dias «não estava quantificada», muito embora o memorando referisse que a redução tinha de ser para a «média europeia».
«É uma discussão que deverá ir a Concertação Social com dados concretos e claros para que não subsistam dúvidas e para que possa receber a maior aderência possível», acrescentou.
O líder da CIP justificou ainda a subscrição desta proposta, pois «ou alteramos as leis laborais naquilo que elas nos afastam dos nossos concorrentes da União Europeia ou para outros onde os nossos produtos se destinam ou dificilmente produziremos factores de produtividade».
Por seu lado, o líder da CCP, também ouvido pela TSF, admitiu que esta medida vai beneficiar as empresas, pois «tudo o que são baixos custos é sempre bom para as empresas».
«No entanto, temos de ter em conta que há direitos sociais adquiridos e necessidades financeiras das pessoas e tem de se encontrar um equilíbrio razoável entre estes dois pontos. Por isso não discutimos esses valores em absoluto», concluiu Vieira Lopes.