A CIP considerou que uma redução da Taxa Social Única (TSU) de 3,7 pontos percentuais não é significativa, defendendo antes uma redução forte e imediata e limitada a alguns sectores.
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Em declarações à TSF, o presidente da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) lembrou que o memorando assinado com a "troika" defende uma redução significativa da TSU e não «incipiente» com a apontada.
O presidente da CIP tem outra proposta: um corte da TSU que é mais do triplo daquele que está no documento do Governo, uma redução mais eficaz no estímulo à economia, mas também mais barata para os cofres do Estado, que no principal cenário desenhado pelo Governo custaria 1600 milhões de euros.
António Saraiva explicou que a proposta da CIP sairia mais barata ao Estado, porque não se aplicaria a todas as empresas, excluindo, por exemplo, «os sectores de bens e serviços transaccionáveis e expostos à concorrência internacional».
António Saraiva deixou outro alerta: este corte nas receitas do Estado não pode ser compensado apenas através do aumento da receita do IVA. Se isso acontecer, avisou, há fatias da economia que ficam em apuros, como o da fileira agro-alimentar.
A compensação da descida da TSU deve ser feita em sede de IVA, através da redução da despesa e do combate à economia paralela, que vale hoje mais de 20 por cento do PIB, considerou.
(Notícia actualizada)