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O Conselho Diretivo da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários anunciou hoje que levantou a suspensão da negociação das ações do Banco Comercial Português, por terem cessado os motivos que justificaram a mesma.
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A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) ordenou terça-feira à noite a suspensão da negociação das ações do BCP até à divulgação de informação relevante sobre o emitente, tendo o banco divulgado o aumento de capital já durante a noite e que quer dar inicio à oferta no «mais breve prazo».
O BCP tinha anunciado a intenção de aumentar o seu capital social em aproximadamente 2.250 milhões euros, através de uma Oferta Pública de Subscrição (OPS), segundo informação enviada à CMVM.
A OPS de aumento de capital fica «reservada a acionistas no exercício dos respetivos direitos de preferência e demais investidores que adquiram direitos de subscrição, com a consequente emissão de 34.487.542.355 novas ações ordinárias, escriturais e nominativas, sem valor nominal», lê-se na informação.
O preço de subscrição foi fixado em 0,065 Euros por cada ação, de acordo com um rácio de sete novas ações ordinárias por cada quatro ações ordinárias detidas. O preço de subscrição representa um desconto de aproximadamente 34% face ao preço de fecho das ações BCP na Euronext Lisbon em 24 de junho de 2014.
As receitas da OPS devem ser afetadas ao reembolso dos Instrumentos de Capital Híbrido (CoCo's Bonds) subscritos pelo Estado no montante de 1.850 milhões euros, deixando 750 milhões euros por reembolsar, o que o Millennium bcp tenciona fazer até ao início de 2016, sujeito a aprovação regulatória.
A mesma nota citou o presidente da comissão executiva do BCP, Nuno Amado, que declarou que o aumento de capital previsto «insere-se no ambicioso plano estratégico do Banco para 2017, que foi aprovado pela Comissão Europeia em 2013».