O presidente da Confederação empresarial acusa a CGTP e a UGT de dificultarem o diálogo social pelas críticas ao alargamento do regime excecional dos contratos a prazo.
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Em causa, está a proposta apresentada pela Confederação Empresarial de Portugal (CIP) que pretende que o regime excecional de contratação a prazo seja estendido até 2015.
O regime atualmente em vigor determina que os contratos a prazo que terminem em junho possam ser renovados por dezoito meses, ou seja, até dezembro de 2014.
António Saraiva, presidente da CIP, defende que perante a impossibilidade de se criar mais emprego, o alargamento do prazo seria a via de manter os postos de trabalho.
As centrais sindicais contestaram a proposta de imediato. Quer a
Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP), quer a União Geral de Trabalhadores (UGT), dizem que os trabalhadores ficariam ainda mais desprotegidos.
No final do encontro de ontem da concertação social, Arménio Carlos, líder da CGTP, disse que a proposta vai no sentido de desproteger ainda mais os trabalhadores. O mesmo receio foi transmitido por João Pproença, secretário geral da UGT.
Perante as críticas, António Saraiva, lamenta o que define como reacções emotivas que não facilitam o diálogo social. António Saraiva salienta que o importante é combater o desemprego e promete não contribuir para um aumento da tensão social.