Dois feridos ligeiros na COP30 após protesto de ativistas climáticos. Veja as imagens

Anderson Coelho/Reuters
Dois agentes de seguranças sofreram ferimentos ligeiros, ao tentar impedir a entrada de um grupo de manifestantes na 30.ª Conferência das Nações Unidas para o Clima. A organização confirmou que, na sequência do incidente, a entrada principal encontra-se em obras de reparação e só vai reabrir às 19h00 de quarta-feira
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Dois seguranças com ferimentos ligeiros e alguns danos na estrutura é o resultado da tentativa forçada de entrada de um grupo de manifestantes na COP30, em Belém do Pará, no Brasil.
O incidente aconteceu no início da noite, pouco depois da conferência de imprensa de balanço do dia.
Os manifestantes forçaram a entrada e bloquearam a saída na Bluezone, área restrita a negociações oficiais, onde só entra quem tem credenciação e acabaram por se confrontar com os agentes de segurança que barraram a passagem.
Vários vídeos partilhados nas redes sociais mostram um grupo de manifestantes a empunhar bandeiras e faixas contra a exploração de petróleo e a passar pelos portões da entrada principal, também pela área das máquinas de raio-x. Alguns chegaram à Bluezone, mas todos foram contidos pelos seguranças e acabaram por ser retirados do espaço.
Só depois dos ânimos acalmarem, foram retiradas as pessoas que ainda estavam dentro do recinto a participar no evento.
Não há dados sobre detenções. A segurança foi reforçada com um destacamento da Polícia Militar e as autoridades federais, bem como a organização por parte da ONU, já estão investigar o caso.
A entrada do turno da noite foi adiada e, cerca das 02h00, a organização informou os jornalistas que, na sequência do incidente, a entrada principal encontra-se em obras de reparação e só vai reabrir às 19h00 de quarta-feira, 12 de novembro.
Este episódio coincidiu com o fim da Marcha da Saúde e Clima que momentos antes do incidente fez cerca de 1,5 km pelas ruas da cidade e culminou no recinto da COP30, mas a organização nega qualquer ligação ao incidente.
Também a poucos quilómetros do centro da cidade, no Parque de Igarapés, há um acampamento de jovens de 80 países para garantir a presença dos mais novos na cimeira, que prometem fazer-se ouvir contra a lentidão da descarbonização, o reconhecimento das comunidades indígenas e pela proteção dos oceanos e florestas.