A presidente do Conselho da Ordem dos Médicos na Madeira está preocupada com os cortes anunciados para a saúde e também com o aumento do IVA, que vai reduzir o dinheiro para medicamentos.
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Henriqueta Reynolds entende que o plano de austeridade apresentado esta terça-feira pelo presidente do Governo Regional da Madeira é vago no que se refere à área da saúde, mas vai ter, sem dúvidas, consequências na saúde dos madeirenses.
«São medidas vagas, mas que as pessoas estão à espera que sejam muito duras» e que «vão penalizar as classes mais desfavorecidas e mesmo a classe média que já se vê a braços com grandes dificuldades económicas», alertou.
Henriqueta Reynolds sublinhou que algumas pessoas já escolhem entre os vários medicamentos que deviam tomar, por não terem dinheiro para pagar todos. «Vai ser um problema de saúde pública», prognosticou.
A presidente do Conselho da Ordem dos Médicos na Madeira não quis dar exemplos, mas disse que já hoje os cortes orçamentais estão a motivar «faltas de material» nos hospitais da região.
Isso «não se traduz em diminuição de cuidados, mas é uma preocupação», porque essas falhas, que têm sido ultrapassadas com «algum engenho e arte», vão tornar-se mais notórias, avisou.