Crédito habitação: Pedro Malaquias diz que novas regras devem ficar bem definidas
No Fórum da TSF, Pedro Malaquias, da Associação Portuguesa de Bancos, consultor para a área do consumo, considerou indispensável que as novas regras de crédito à habitação fiquem bem definidas e beneficiem, de facto, quem precisa; caso contrário, alertou, há consequências para a banca.
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«Se as condições de acesso sobre estas medidas que agora estão a ser discutidas não forem cautelosamente ponderadas, isto pode apanhar uma parte muito significativa da carteira do crédito à habitação da banca, poderá levar a incumprimentos contratuais da banca, assim como à necessidade de os bancos fazerem novas provisões e terem que renegociar todo o plano de recapitalização da banca, que já está negociado e foi apresentado à troika», afirmou Pedro Malaquias.
O responsável defendeu ainda que estas novas medidas devem ser negociadas com a banca e não impostas.
Por seu turno, António Júlio de Almeida (SEFIN), da Associação dos Utilizadores e Consumidores de Serviços e Produtos Financeiros, admitiu que «o momento não é o melhor», sublinhando que a banca também atravessa um período difícil.
No entanto, disse que «era bom que os bancos entendessem que têm de mudar de atitude, ter códigos de boas condutas, de boas práticas, mais amigáveis para os clientes e contratualmente mais justos e equilibrados».
Já Natália Nunes, da DECO, sublinhou que, nos casos das famílias sobreendividadas, são necessárias medidas mais abrangentes.