Os sindicatos da Função Pública dizem que não é assunto arrumado, vão continuar a contestar o aumento do horário de trabalho que o Tribunal Constitucional não chumbou.
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A FESAP, afeta à UGT, entende que a lei das 40 horas semanais na Função Pública, que passou no Tribunal Constitucional. aprofunda o fosso entre os trabalhadores do setor público e privado.
«O que resulta deste acórdão é que há um tratamento diferente para pior relativamente aos trabalhadores da Administração Pública e aquele que é dado aos trabalhadores do setor privado», explicou José Abraão.
Por isso, este sindicalista diz que a FESAP «tudo fará no sentido de continuar este trabalho e luta de procurar haver horários de menor duração em setores específicos da Administração Pública».
Para José Abraão, «não há justificação em certos setores da Administração Pública para estes horários» como sucede, por exemplo, em certos municípios do Interior «onde as 17:00 já é noite e onde se tem os trabalhadores ao serviço sem ninguém para atender».
Reagindo a esta decisão dos juízes do Palácio Ratton, Ana Avoila, da Frente Comum, afeta à CGTP, diz que os «trabalhadores têm na sua mão a responsabilidade de mudar as coisas porque a sua vida mudou toda e de forma significativa».
Ana Avoila entende que, com este lei, os trabalhadores da Função Pública têm «menos tempo para a vida familiar e crianças» e garantiu que os sindicatos «não vão ficar parados».