O défice orçamental grego agravou-se no primeiro semestre de 2011, aumentando 28 por cento face ao período homólogo, apesar das medidas de austeridade.
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O défice atingiu os 12,8 mil milhões de euros, ultrapassando o objectivo previsto em mais de dois mil milhões de euros, com as receitas fiscais a cair 8,3 por cento face ao primeiro semestre de 2010.
Num comunicado, o ministério das Finanças grego atribuiu o fracasso ao abrandamento do crescimento económico no último trimestre de 2010 e à quebra dos rendimentos da população grega, entre outros factores.
O ministério prevê que a perda de receitas seja compensada no segundo semestre com a adopção das medidas fiscais previstas no novo plano de austeridade adoptado em Junho, e que inclui subidas dos impostos directos e indirectos.
As despesas aumentaram 8,8 por cento face ao primeiro semestre de 2010, para 33155 mil milhões de euros, ultrapassando o objectivo de 31880 milhões de euros.
Esta derrapagem da execução orçamental, ligeiramente atenuada pela forte descida das despesas de investimento público, cujas receitas também subiram, resulta da criação de uma linha de crédito de 429 milhões de euros para amortecer as dívidas dos hospitais, e dos custos da dívida, que subiram 22,3 por cento face ao período homólogo para sete mil milhões de euros.