Tanto o presidente da CIP, como os líderes das duas centrais estão de acordo quanto à necessidade de um maior investimento público para travar o nível do desemprego.
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Numa altura em que a taxa de desemprego não para de atingir níveis máximos, com o setor da construção civil e obras públicas em profunda crise, patrões e sindicatos juntam-se no apelo ao Governo e pedem um aumento do investimento público.
António Saraiva, presidente da CIP, considera que, se o Estado não investir, o desemprego vai aumentar.
«O investimento público que está parado leva a que as empresas tenham que reafetar recursos que estavam destinados à conclusão desses investimentos. Como não vão ser concluídos, há essa reafetação. Um sinal negativo desta situação é o aumento do desemprego», defendeu.
Por seu turno, questionado sobre a situação da Tecnovia, que vai colocar 340 trabalhadores em regime de "lay-off", o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, defendeu que este é mesmo um problema de investimento público.
Já João Proença, secretário-geral da UGT, disse que vai pedir ao reunião ao Governo para «discutir a situação dos salários em atraso, dos "lay-offs, o alargamento da concessão de subsídio de desemprego em caso de rescisões amigáveis e a retificação das convenções da Organização Internacional do Trabalho».
O ministro da Economia, por seu turno, comentou a situação na Tecnovia, afirmando apenas que o "lay-off" é um problema da empresa.
Os responsáveis falavam no final da reunião de concertação social.