O presidente do Eurogrupo diz que mantém a confiança no executivo português.
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«Não tenho razões para questionar os esforços e compromissos [do Governo] sobre futuras reformas e sobre a consolidação orçamental», afirmou Jeroen Dijsselbloem, na conferência de imprensa que se seguiu à reunião dos ministros das Finanças da zona euro, em Bruxelas.
O responsável tinha sido questionado sobre se mantinha a confiança no Governo português depois de, na quarta-feira, após a conclusão da primeira monitorização pós-programa realizada desde a conclusão do programa de ajustamento, a "troika" ter colocado em causa a proposta de Orçamento do Estado para 2015 - espera menos crescimento e mais défice do que o Governo -, ter alertado para «uma pausa» no esforço de consolidação orçamental e considerado que Portugal «não cumpriu» os compromissos assumidos.
Em específico, por sua vez, a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu lamentaram que «o empenho nas reformas estruturais tenha abrandado».
Dijsselbloem disse que hoje falou com a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, e sublinhou que esta tem o seu «apoio total»: «Sim, ainda estou confiante no Governo português e no trabalho que está a fazer», afirmou o também ministro das Finanças da Holanda, na resposta em que fez questão de sublinhar as "medidas duras" que Portugal tomou.
Portugal esteve representado na reunião de hoje do Eurogrupo pela ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, que optou por não prestar declarações aos jornalistas.