Os juros da dívida soberana portuguesa e espanhola a cinco e 10 anos seguem hoje pressionados, com Madrid a bater máximos históricos.
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A bolsa espanhola está com perdas elevadas. A recessão em Espanha aprofundou-se também no segundo trimestre, anunciou o Banco de Espanha.
O banco central espanhol diz que, entre Abril e Junho, o PIB recuou 0,4 por cento, uma travagem ainda mais forte do que no primeiro trimestre do ano quando a economia espanhola tinha encolhido 0,3 por cento.
Para além dos juros da dívida espanhola terem ultrapassado a barreira dos 7 por cento, em Portugal também se verificam subidas.
Cerca das 9:30, os juros da dívida soberana portuguesa a cinco e 10 anos registavam subidas para os 10,176 por cento e 10,764 por cento (dos 9,761 por cento e 10,537 por cento registados na sexta-feira), enquanto a dois anos seguiam a aliviar ligeiramente, dos 7,6 por cento para os 7,586 por cento.
Em Espanha, os juros seguem em máximos históricos a cinco e 10 anos, com os investidores a exigirem um juro de 7,355 por cento (5 anos) e de 7,355 por cento (10 anos) para comprarem dívida soberana espanhola.
Na Grécia, para onde regressaram as atenções dos investidores, os juros a 10 anos estão também bastante pressionados, nos 26,469 por cento dos 25,584 por cento.
O semanário Der Spiegel noticiou no domingo que o Fundo Monetário Internacional (FMI) tenciona cessar as ajudas financeiras à Grécia, o que poderá lançar este país da zona euro na falência já em setembro.
A intenção do FMI de não libertar mais dinheiro para o programa de ajustamento financeiro negociado com Atenas já foi comunicada à União Europeia, garantiu a revista alemã, citando fontes diplomáticas em Bruxelas.
Atualmente, a chamada 'troika' do Banco Central Europeu (BCE), Comissão Europeia e FMI está em Atenas a examinar o cumprimento do memorando de entendimento.