Maria Luís Albuquerque classificou a decisão de Dublin de sair do programa de ajustamento sem programa cautelar como encorajadora e garantiu que não afeta a decisão de Portugal.
Corpo do artigo
A ministra das Finanças considera que «não faz sentido descartar» a possibilidade de Portugal decidir sair do programa de ajustamento sem solicitar um programa cautelar que ajude o país a regressar aos mercados.
No final de uma reunião do Eurogrupo, Maria Luís Albuquerque evitou fazer ligações entre a decisão tomada esta quinta-feira pelo governo irlandês e a que o governo português irá tomar no final do programa de ajustamento, em junho de 2014.
Frisando que é prematuro traçar cenários a sete meses do final do programa, a titular da pasta das Finanças explicou que é «encorajador observar o exemplo das vantagens de um implementação das medidas que são acordadas»
«O sucesso dos países durante e no final do programa é um aspeto muito importante para todos nós», acrescentou Maria Luís Albuquerque, que assegurou que a decisão da Irlanda não afetará a que Portugal venha a tomar com os parceiros europeus.
«Temos já sinais da parte do mercado de que as taxas poderão baixar», afirmou Maria Luís Albuquerque, que reconhece ainda existir uma «incerteza latente que continua a ter algum peso da evolução das taxas de juro».
Apesar disso, a ministra lembra que Portugal «está a progredir, a discutir e vamos aprovar o Orçamento, os resultados recentes em termos da evolução macroeconómica são sem dúvida positivos e o mercado não deixará de ter isso em conta».
«Cada caso é um caso e teremos de avaliar, quando for o momento oportuno, o que pode fazer sentido para Portugal», sublinhou.