O ministro espanhol da Indústria, Energia e Turismo garantiu que Buenos Aires sofrerá «consequências» desta «hostilidade» no «âmbito diplomático, comercial, industrial e energético».
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O governo espanhol garantiu que a Argentina vai ser alvo de sanções caso avance com a expropriação da petrolífera YPF, controlada pela espanhola Repsol.
Segundo o ministro da Indústria, Energia e Turismo garantiu que o executivo espanhol «vai ser consequente com esta hostilidade do governo argentino e haverá consequências que vão ser anunciadas nos próximos dias».
No canal público espanhol, José Manuel Soria, que disse que as sanções contra o governo de Cristina Kirchner serão «no âmbito diplomático, comercial, industrial e energético», sublinhou que a decisão de Buenos Aires «não foi sensata e séria».
«Na nossa opinião tomaram uma decisão arbitrária, contra a lei e não só contra uma empresa espanhola, como é o caso da Repsol, mas também contra os interesses de Espanha e dos espanhóis», frisou.
Este ministro espanhol recordou que a Repsol «é uma empresa cotada em bolsa» e que, por isso, «muitos pequenos investidores têm as duas poupanças justamente investidas na Repsol».
Por seu lado, o presidente da Repsol anunciou que vai pedir uma indemnização de oito mil milhões de euros ao Estado argentino e reconheceu o direito de Buenos Aires levar a cabo esta expropriação, se bem que tenha de pagar por ela.
«A Repsol vai avançar com todas as medidas legais que tem ao seu alcance e vai esperar que outros investidores sigam o mesmo caminho», explicou António Brufeau.
Este responsável indicou ainda que o leque de medidas que poderá ser tomado é vasto e que vai ser pedida à arbitragem internacional uma «compensação adequada e efetiva, incluindo a compensação por danos provocados pela expropriação».