«Europa não pode continuar escrava do pacto orçamental», frisa Artur Santos Silva
No Fórum das Políticas Públicas, o presidente do BPI recordou que a dívida de Portugal ronda os 120 por cento do PIB e que países como a França e a Alemanha têm dívidas muito acima dos 60 por cento do PIB.
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O presidente do BPI entende que a «Europa não pode continuar escrava do pacto orçamental», tendo defendido numa flexibilização das regras do pacto orçamental em relação ao endividamento.
Falando no Fórum das Políticas Públicas, Artur Santos Silva entende que a Europa continuará a ter dificuldades se continuar escrava da «necessidade de reduzir a diferença entre a dívida em relação ao PIB de 60 por cento e a situação de partida».
«Isso vai ser uma tenaz de compressão enorme da economia e basta pensarmos que na média dos países da OCDE é 110 por cento e a nossa situação, abatida da tesouraria, é de 120», acrescentou o banqueiro, que lembra que países como a França e a Alemanha tenha uma dívida muito acima dos 60 por cento do PIB.
O também presidente do Conselho de Administração da Fundação Calouste Gulbenkian considerou ainda fundamental que exista em Portugal um consenso o mais alargado possível e «políticas estáveis» em relação às pensões e Educação.