O FC Porto considera que o contrato com a PT para a transmissão dos jogos em casa na I Liga, revela "confiança e otimismo" no futuro. A empresa sublinha o "compromisso de longa data". Outros clubes vão ter que fazer alguma coisa, diz um especialista ouvido pela TSF.
Corpo do artigo
"A administração do FC Porto congratula-se pelo contrato de longo alcance assinado com a PT. Sublinha-se ainda que, numa altura de forte contingência económica, as duas instituições tiveram a coragem de assumir um acordo que revela enorme confiança e otimismo em relação ao futuro e que reforça as relações entre as duas organizações", lê-se em comunicado.
"Esta parceria com o FC Porto é mais um passo no compromisso diário com os nossos clientes e com os portugueses", referiu o presidente executivo da PT.
Paulo Neves acrescentou que "esta parceria, reforça, igualmente, o compromisso de longa data" que a empresa tem "com o desporto e com o futebol em particular, nomeadamente com a seleção portuguesa e recentemente, também, com Cristiano Ronaldo".
Na site oficial na Internet, os 'dragões' destacam que o clube assinou o "maior contrato da história do desporto português".
O FC Porto anunciou hoje a venda dos direitos de transmissão televisiva dos jogos da I Liga no Estádio do Dragão, por 10 épocas, a partir de 01 de julho de 2018, à PT.
A empresa ficou com o estatuto de patrocinador principal da equipa azul e branca, por sete épocas e meia, a partir de 01 de janeiro de 2016.
Nessa data, a operadora fica também com os direitos de transmissão do Porto Canal, por 12 épocas e meia, num negócio com um valor global de 457,5 milhões de euros.
Um contrato que mexe com outros clubes?
Ouvido pela TSF, o economista Paulo Reis Mourão, com trabalhos publicados na área da economia e gestão do Desporto, considerou que o contrato entre o FCP e a PT [MEO) tem "valores que acompanham a negociação do Benfica", feita recentemente com a NOS.
"São valores que estão dentro da previsibilidade do que é a nossa Liga e são enquadráveis dentro da competitividade e do valor dos planteis" do campeonato português.
Este professor da Universidade do Minho, considera que o contrato hoje conhecido "vai obrigar a uma resposta do Sporting" e também a que "os restantes clubes se decidam" a avançar para um modelo de concertação com "centralização de direitos" ou a "continuarem a aceitar o pouco que vão recebendo, que representa cerca de 50 a 70% do orçamento" desses clubes de menor dimensão.