O coordenador da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans) diz que o protesto no sector dos transportes é da responsabilidade do Governo que sempre recusou dialogar.
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Depois de o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, ter alegado que a greve dos transportes convocada para esta quinta-feira vai custar 150 milhões de euros à economia portuguesa, anulando os benefícios obtidos com os cortes nas administrações das empresas públicas do sector, a Fectrans desvalorizou estas declarações.
É a «chamada desculpa de mau pagador, porque se efectivamente o Governo está tão preocupado com os custos da greve poderia ter feito algum esforço no sentido de evitar que a greve se concretizasse», disse o coordenador da Fectrans.
José Manuel Oliveira acrescentou que o Governo poderia ter respondido ao «pedido de reunião que os sindicatos lhe endereçaram no início de Janeiro» no sentido de discutir as causas da greve e poder encontrar soluções.
Trata-se de uma «declaração de desespero», vincou o sindicalista, esperando ainda que depois da greve desta quinta-feira o Executivo opte por uma postura de negociação com o sector.