A reunião desta quarta-feira entre o Governo e a Frente Sindical da Administração Pública (FESAP) terminou sem consenso, com a estrutura sindical a acusar o Governo de «intransigência».
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«O Governo diz que entregará o diploma na Assembleia da República. Existe um período de audição pública que a FESAP aproveitará para manifestar os seus pontos de vista ao Parlamento», disse à TSF Nobre dos Santos.
O secretário coordenador da FESAP não vê utilidade em requerer uma negociação suplementar, uma vez que o Governo, acusou, está com uma posição de «intransigência».
O sindicalista falou ainda num concurso de «faz-de-conta» em que não se conhecem os critérios de escolha e considerou que as comissões de recrutamento e selecção e fiscalização não fazem sentido, sobretudo numa altura em que a administração pública está a ser reorganizada e reestruturada.
«Mais comissões é burocratizar o processo», comentou, considerando que essas comissões devem ser eleitos na Assembleia da República.
A reunião entre a FESAP e o Governo, que se prolongou durante quase duas horas, tinha na agenda a discussão do novo Estatuto do Pessoal Dirigente.
Antes da FESAP foram ouvidos a Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública e o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) em reuniões que também terminaram sem acordo.