A agência de notação financeira Fitch baixou, esta sexta-feira, a nota e as perspectivas do Banco de Chipre, a maior entidade bancária do país, um dia depois de ter cortado o "rating" da dívida soberana da ilha.
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A agência baixou também de «estável» para «negativa» as perspectivas do Marfin Popular Bank's (MPB) e Hellenic Bank (HB), que mantiveram, contudo, a nota "BBB-".
Segundo o comunicado da Fitch, citado pela Efe, a nota do Banco de Chipre baixou de "BBB+" para "BBB-", enquanto a sua perspectiva passou a "negativa".
«Estas revisões em baixa reflectem a opinião da Fitch, segundo a qual aumentará a pressão sobre o capital dos bancos cipriotas», segundo o comunicado.
Isto deve-se, de acordo com a Fitch, «às sérias preocupações sobre a dívida soberana e a economia da Grécia, à qual os bancos do Chipre estão muito expostos».
Chipre é o mais recente país da Zona Euro sob a pressão dos mercados, não só devido à sua estreita relação com a Grécia, mas também pelas consequências económicas de uma explosão numa base naval no passado dia 11 de Julho, que destruiu a principal fábrica elétrica da ilha.
Na quarta-feira, a Fitch baixou a classificação da dívida de longo prazo do Chipre em dois níveis, de "A-" para "BBB", colocando-a ainda com perspetiva negativa, informou a agência de notação financeira em comunicado, justificando que a descida «reflecte a derrapagem orçamental actual e antecipada».
Esta sexta-feira, o ministro da Economia do Chipre, Kikis Kazamias, anunciou que o plano de austeridade anunciado na quarta-feira, para poupar 600 milhões de euros, é só «o primeiro passo» para sanear a economia, e será ampliado em Outubro.