A Fitch cortou em três níveis o rating da Grécia, que passa de B+ para CCC, o que equivale a considerar que o incumprimento do pagamento da dívida soberana é tido como inevitável.
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A agência de notação financeira coloca assim o país perto da bancarrota.
Num comunicado divulgado esta quarta-feira, a Fitch assegura que a nossa classificação reflecte a ausência de um novo programa da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a Grécia totalmente credível.
A este facto, referem os analistas da agência de notação financeira, junta-se «uma crescente incerteza em torno do papel que devem assumir os credores de dívida soberana numa classificação futura, a que acresce o debilitado prognóstico macroeconómico da Grécia».
A agência explica que a classificação atribuída significa «um substancial risco de crédito» e «reconhece que o incumprimento [do pagamento da dívida grega] é uma possibilidade real».
O risco de crédito é a possibilidade de um Estado ou empresa que emite dívida não pagar o acordado.
Esta avaliação acontece numa altura em que o Fundo Monetário Internacional (FMI) vem pedir que a ajuda adicional à Grécia e a participação dos credores não seja tema tão discutido quanto tem sido.
A «Grécia necessitará de mais tempo para recuperar o acesso aos mercados de capitais e necessita de ajuda externa adicional», afirma o organismo citado pela agência Efe, criticando ao mesmo tempo o facto de, apesar de se comprometer em oferecer essa ajuda, a Zona Euro continue com um debate «muito público» sobre o segundo pacote de resgate e a participação do sector privado no mesmo.