O novo resgate da Grécia pode sair mais caro aos países da Zona Euro. O Wall Street Journal escreve que o FMI pode reduzir a contribuição por receio de incumprimento.
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Esta notícia surge no dia em que os ministros das Finanças da Zona Euro discutem se a Grécia reúne as condições para ser outra vez salva do abismo.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) receia que a Grécia possa não conseguir cumprir as metas definidas nos próximos anos, segundo a edição europeia do Wall Street Journal, que cita três fontes do FMI, todas conhecedoras do processo grego.
Estes elementos do FMI concordam que a Grécia não vai cumprir o compromisso de em 2020 ficar aquém dos 120 por cento de dívida pública em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), podendo mesmo chegar aos 129 por cento, depois de toda a austeridade.
Juntando isso aos juros que a Grécia tem de pagar, torna o cumprimento dos compromissos improvável. Por isso, o jornal escreve que no FMI a disponibilidade para ajudar a Grécia é, desta vez, menor.
O Fundo tinha participado em 27 por cento dos planos de assistência à Grécia e a Portugal, mas desta vez quer reduzir a participação para os 10 por cento ou menos. Ou seja, em vez de avançar com um cheque de 30 mil milhões de euros, fica abaixo dos 13 mil milhões.
O restante terá de ser resolvido pelos governos dos países do euro e pelo Banco Central Europeu (BCE), o quer dizer que a Europa tem de arranjar 120 mil milhões para juntar aos 80 mil que emprestou no primeiro programa.