O Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu hoje em baixa o crescimento global para 2014, estimando agora que a economia mundial aumente 3,4%, menos 0,3% do que projetou em abril.
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Segundo as atualizações de julho ao 'World Economic Outlook', divulgadas hoje, o FMI justifica esta revisão em baixa com «um primeiro quadrimestre do ano fraco, particularmente nos Estados Unidos, e uma previsão menos otimista em vários mercados emergentes».
Apesar de admitir que Japão, Alemanha, Espanha e Reino Unido surpreenderam, revendo em alta as perspetivas destas economias, a instituição liderada por Christine Lagarde considera que Estados Unidos, China e Rússia ficaram abaixo do previsto.
O FMI estima agora que os Estados Unidos cresçam este ano menos 1,1% do que o projetado em abril, prevendo que a economia norte-americana suba 1,7% em 2014 e 3% em 2015.
No total dos mercados emergentes e economias em desenvolvimento, o Fundo diminui em 0,2% o crescimento calculado para este ano, com as economias russa e chinesa a cresceram menos 1,1% e 0,2%, respetivamente, do que o projetado em abril.
O FMI justifica estas revisões em baixa com a diminuição das exportações e da procura interna nos Estados Unidos, a moderação no consumo interno na China e a contenção no investimento na Rússia, motivada pelas tensões internacionais.
A instituição mantém a previsão feita em abril para o crescimento económico na zona euro, estimando que aumente 1,1% este ano, e revê ligeiramente em alta, em 0,1%, a retoma económica do conjunto dos países da moeda única para o próximo ano, prevendo agora um crescimento em 1,5%.
No entanto, a instituição sediada em Washington afirma que "o crescimento vai manter-se desigual na região", refletindo nomeadamente a fragmentação financeira e o desemprego alto em alguns desses países.
Ainda assim, o FMI estima que o crescimento mundial recupere a partir de maio, considerando que «estas fraquezas inesperadas sejam na sua maioria temporárias» e que os setores identificados como motor da economia mundial «continuam no ritmo».
O Fundo mantém o apelo à implementação de reformas estruturais nas economias emergentes, de modo a fortalecer a produtividade e a alavancar o crescimento económico.