A Frente Comum e a Fesap estão indignadas com com regime de exceção nos cortes salariais para os trabalhadores da TAP. O STE vê na decisão do Governo mais um argumento que reforça a contestação contra os cortes nos salários.
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A Frente Comum questionou, esta quarta-feira, a existência de exceções em tempos de sacrifício e austeridade.
«Neste momento, não faz nenhum sentido regimes de exceção em relação a medidas aplicadas a trabalhadores», defendeu Ana Avoila.
No entender da responsavel, «todos os trabalhadores que tiveram cortes salariais não devem admitir regimes de exceção».
«Neste país já percebemos que há os filhos e os enteados, mas isso não pode continuar a ser assim. Para isso, os trabalhadores têm que lutar, negociar, participar em tudo, nomeadamente na greve geral de 22 de março», sublinhou.
De igual modo, Nobre dos Santos, da Fesap, mostrou-se indignado com esta situação, sublinhando que agora quer que o Governo explique por que razão não há igualdade nos sacrifícios que estão a ser pedidos.
Já o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) aplaude a decisão do Governo, com Bettencourt Picanço a explicar que esta decisão de atribuir um regime de exceção à TAP vai dar mais força aos argumentos contra os cortes dos salários.
No entender de Bettencourt Picanço, isto poderá convencer o Tribunal Constitucional de que os cortes nos ordenados são inconstitucionais.