Frente Sindical contra trabalhadores colocados na mobilidade especial
A Frente Sindical da Administração Pública defendeu a necessidade de o Governo gerir os trabalhadores de modo a coloca-los nos serviços onde fazem falta e não na mobilidade especial.
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«O que é preciso é gerir os trabalhadores da administração pública e não coloca-los numa prateleira, reduzindo-lhes a remuneração, sem que eles tenham culpa da actual situação», disse aos jornalistas o presidente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado, Bettencourt Picanço no final de uma reunião negocial no Ministério das Finanças.
O STE é um dos sindicatos que integra a Frente Sindical juntamente com o Sindicato Nacional dos Professores Licenciados, Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos, Sindicato dos Enfermeiros, Sindicato dos Profissionais de Polícia e Sindicato Independente dos Profissionais de Enfermagem.
Bettencourt Picanço disse que a reunião de hoje com o secretário de Estado da Administração Pública foi «uma reunião declaratória do que é a negociação», em que o governante deu conta das limitações às negociações salariais e falou, quase exclusivamente, da mobilidade.
Para o presidente do STE, insistir na colocação de trabalhadores na mobilidade especial significa má gestão dos recursos humanos.
«Isto não pode acontecer, o Governo tem de apostar claramente na gestão dos serviços colocando os trabalhadores onde eles fazem falta», frisou.
O STE defendeu um tipo de mobilidade em que os trabalhadores possam transitar de uns serviços para os outros conforme as necessidades.
Ficou marcada uma nova reunião negocial para 04 de Outubro e Bettencourt Picanço disse esperar que até lá o governo apresente aos sindicatos uma contra-proposta negocial, nomeadamente relativa à matéria salarial.