Ministro das Finanças confirma que o Orçamento do Estado previa um crescimento superior do PIB. 0,2% no segundo trimestre é pouco.
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Na reação aos números hoje divulgados sobre o terceiro trimestre de 2016, o Ministério das Finanças admite que "a economia está a levar mais tempo a acelerar o ritmo de crescimento", numa "evolução inferior à que está subjacente ao Orçamento do Estado".
Num comunicado, o gabinete do ministro Mário Centeno diz que acredita, contudo, que nos próximos meses o crescimento vai ser sustentado pelos sinais de franca recuperação do mercado de trabalho com a descida da taxa de desemprego.
O governo sublinha que o desemprego está no valor mais baixo desde 2010 e existem hoje mais 52 mil assalariados do que há um ano, numa "forte criação de novos empregos".
O ministério diz ainda que os indicadores de confiança da indústria, construção, serviços e comércio estão acima dos valores que se registavam no final de 2015, o que melhora o cenário de investimento.
Mário Centeno sublinha que apesar de abaixo das previsões feitas no Orçamento do Estado de 2016, a evolução do PIB no segundo trimestre não afetou a execução fiscal que está "em linha com o orçamentado".
O ministro recorda que "a melhoria do défice público no primeiro semestre excedeu o projetado no Orçamento, permitindo antever o cumprimento do objetivo anual".