
Global Imagens/Rui Oliveira
É um braço de ferro com desfecho inesperado. O governo diz que não abdica da privatização da TAP. Responde assim ao memorando da plataforma de sindicatos que representa os trabalhadores da companhia aérea, que propõe a suspensão do processo de privatização da TAP e da greve entre 27 e 30 de dezembro.
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Através de um comunicado, o gabinete do ministro da Economia, António Pires de Lima, confirma que já recebeu e já respondeu ao memorando da plataforma sindical. Sem adiantar muitos pormenores da resposta, o governo avisa, no entanto, que não é passível de aceitação o apelo da plataforma sindical. Explica o ministério que o memorando não cumpre a condição prévia da não suspensão do processo de privatização, comunicada pelo Governo na reunião de sexta-feira, e que na altura não foi contestada pela plataforma sindical.
Ao início da noite de ontem, a plataforma de sindicatos que representa os trabalhadores da TAP apresentou hoje ao Governo um memorando no qual propõe a suspensão do processo de privatização da companhia e da greve entre 27 e 30 de dezembro.
Quatro dias de paralisação que levaram já ao cancelamento de viagens. Desde que foi anunciada a greve, cinco mil passageiros da TAP desistiram das reservas, de acordo com informação recolhida pela TSF junto de uma fonte da transportadora nacional. A empresa, por agora nada mais acrescenta, enquanto espera que o governo fale sobre o assunto. Só depois promete pronunciar-se publicamente sobre a greve.