O primeiro-ministro afirmou, esta quinta-feira, que Portugal não vai pedir «um novo programa de ajuda» externa, nem «mais dinheiro» relativamente ao actual, nem «mais tempo» para o cumprir.
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«Por mais ajustamentos técnicos que se façam a cada três meses de reexame, Portugal não pede um novo programa de ajuda, não está a pedir mais dinheiro, não está a pedir mais tempo», afirmou Passos Coelho no Parlamento.
No debate na generalidade do Orçamento do Estado para 2012, o chefe de Governo disse não poder pronunciar-se sobre o reexame trimestral do programa de assistência financeira com a "troika", que está a decorrer, mas sublinhou que «não queria que ficasse qualquer dúvida no espaço público» sobre uma eventual «revisão das condições», a que Portugal está obrigado.
«Houve um tempo em que essas matérias foram tratadas, não foram por nós, mas nós cumpriremos as condições que são estruturantes, que são essenciais, marcantes do programa que Portugal assinou e que nós cumpriremos», afirmou.
Sobre o «reexame trimestral», que terá que ser feito até ao final do programa de assistência financeira, sublinhou tratar-se de «um acto absolutamente corrente e normal».
Passos Coelho admitiu ainda que o «ajustamento orçamental é provavelmente superior ao que estava previsto para 2012 no programa de assistência económica e financeira».
«É mesmo consideravelmente superior. A margem suplementar de ajustamento que fomos obrigados a introduzir corresponde sensivelmente a 2,4 por cento do PIB», acrescentou.