O executivo quer evitar que sejam os depositantes acima dos 100 mil euros e os credores a terem a injetar capital na instituição financeira.
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O objetivo passa por antecipar a entrada em vigor a 1 de janeiro de legislação que dificulta a resolução do dossiê que terá prejuízos para os contribuintes.
De acordo com o jornal Público, estão várias soluções em cima da mesa. Entre elas, está a negociação da venda da posição do estado no Banif, que é de 60 por cento, a um investidor ou a conversão do empréstimo estatal em capital.
Seja qual for a solução, o jornal escreve que é certa a eliminação dos ativos tóxicos do balanço da instituição financeira com a criação do banco mau.
Em resposta à Agência Lusa, o Ministério das Finanças garantiu que está a acompanhar a situação do Banif.
"O plano de reestruturação do Banif, tal como é de conhecimento público, está a ser analisado pela DG Comp [Direção-Geral da Concorrência da Comissão Europeia]. Paralelamente, decorre um processo de venda do banco nos mercados internacionais conduzido pelo seu Conselho de Administração. O Governo acompanha, como lhe compete, a evolução destes processos", lê-se no comunicado do Ministério das Finanças divulgado hoje, depois de notícias divulgadas este domingo à noite quer pela TVI quer pelo Público que apontam para uma solução iminente para o Banif.
Segundo o ministério liderado por Mário Centeno, o executivo acompanha a situação do banco com o objetivo de garantir "a confiança no sistema financeiro, a plena proteção dos depositantes, as condições de financiamento da economia e a melhor proteção dos contribuintes".