Pedro Passos Coelho e Paulo Portas voltaram a rejeitar a proposta que o PS leva amanhã ao Conselho de Estado. O primeiro-ministro afirmou hoje que renegociar a dívida seria «uma machadada» na credibilidade de Portugal.
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«De cada vez que se fala de renegociar a dívida dá-se uma machadada nos instrumentos de estabilização económica na Europa», disse o chefe do Executivo.
Também o vice-primeiro-ministro rejeitou a ideia de renegociar a dívida: «os que usam indistinta e pouco criteriosamente conceitos como reestruturação ou renegociação da dívida nunca explicam onde nos conduziria essa política unilateral».
Passos Coelho desafiou depois o PS a clarificar a sua posição: «Está ou não de acordo com a manutenção da regras que permitiram à Europa afastar cenários de rutura ou de falência na União Europeia? Está ou não convicto como estava na altura da assinatura do Tratado Orçamental? Está ou não comprometido com o tratado?»
Na resposta, António José Seguro preferiu olhar para os últimos três anos: «o seu Governo tomou posse há três anos e nestes três anos o senhor destruiu três gerações de portugueses: A dos avós, a dos pais e a dos filhos», apontou o secretário-geral do PS.