Greve geral é "extemporânea" e críticas à ministra geram "confusão": "Tem havido espírito muito dialogante"

O presidente da Confederação de Turismo de Portugal, Francisco Calheiros
DR
À TSF, o presidente da Confederação de Turismo de Portugal sublinha que este é um protesto "que pode parar o país" e entende que Portugal "não precisa disso": "Precisamos é de aumentar a produtividade e não é com uma greve geral que o fazemos"
O presidente da Confederação de Turismo de Portugal defende que a greve geral é "extemporânea" e confessa que lhe faz "alguma confusão" as criticas dirigidas à ministra do Trabalho, destacando o seu "espírito muito dialogante".
A posição de Francisco Calheiros foi assumida em declarações à TSF, à margem do 50.º Congresso Nacional das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), em Macau.
"A greve é completamente extemporânea. O Governo apresentou em sede de concertação social a sua proposta de revisão da legislação laboral e, antes de começar a ser discutida, já se estava a anunciar uma greve geral", denuncia.
O líder da Confederação de Turismo de Portugal sublinha ainda que este é um protesto "que pode parar o país" e entende que Portugal "não precisa disso".
"Precisamos é de aumentar a produtividade e não é com uma greve geral que o fazemos", atira.
Confrontado ainda com as críticas lançadas pelos sindicatos grevistas à ministra do Trabalho - que dizem que é técnica e "não tem jeito" para criar ambiente negocial e apontam a sua "tremenda dificuldade em explicar argumentos" e desconhecimento das instituições -, Francisco Calheiros não esconde que estas afirmações lhe fazem "alguma confusão", até porque reconhece em Maria do Rosário Palma Ramalho "um espírito muito dialogante".
"A ministra é uma pessoa que está muito bem preparada do ponto de vista da legislação laboral. Nós temos tido imensas conversas e reuniões com a ministra e não sinto nada isso. Acho que é uma pessoa super capaz", destaca.
O presidente da Confederação de Turismo de Portugal argumenta, por isso, que a governante foi "mais sensível" para temas que são "importantes" e dá como exemplos a medida do "banco de horas individual, a questão do contrato de muito curta duração e o contrato intermitente".
"O nosso diálogo tem sido grande, tem havido discussão", ressalva.
O 50.º Congresso Nacional da APAVT, que termina em 4 de dezembro, tem como tema "75 anos a olhar o futuro" e assinala o culminar das comemorações dos 75 anos da associação.
Pedro Costa Ferreira disse esta teerça-feira que acreditaram 1039 congressistas, oriundos "de 172 voos diferentes" para Macau, que acolhe este evento pela sexta vez.

