O Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (SINTAC) apelou hoje aos funcionários da TAP para que se apresentem ao serviço durante a paralisação que começa no sábado, considerando que a requisição civil impede que os trabalhadores façam greve.
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«Porque nas condições impostas pelo Governo não é possível fazer greve e porque não somos irresponsáveis, aconselhamos todos os associados a apresentarem-se ao trabalho, de acordo com as suas atribuições e categoria profissional, mas reafirma-se a manutenção do pré-aviso de greve», afirma o SINTAC em comunicado.
O sindicato explica que mantém o pré-aviso de greve «por uma questão de ética», considerando que o Governo teve um «comportamento ilegítimo» ao decretar a requisição civil antes de serem conhecidos os serviços mínimos para o período da greve - 27, 28, 29 e 30 de dezembro -, e que «afrontou todos os trabalhadores e a própria lei da greve».
O SINTAC reafirma o desacordo com a privatização da TAP e «teme pelo futuro dos trabalhadores, seja em matéria de postos trabalho, seja em salários ou condições sociais», reiterando que com a venda da empresa a privados «os trabalhadores ficarão mais pobres, mas o país também».
O SINTAC é um dos três sindicatos que mantêm o pré-aviso de greve, além dos sindicados dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA) e Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), depois de nove dos 12 sindicatos que tinham apresentado pré-avisos de greve terem anunciado, na quarta-feira, a desconvocação da paralisação.