Reagindo à declaração ao país feita por Passos Coelho, Domingues de Azevedo diz não entender a razão de os trabalhadores pagarem a necessidade de maior competitividade das empresas.
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O bastonário dos Técnicos Oficiais de Contas considerou que as medidas anunciadas esta sexta-feira pelo primeiro-ministro envolvem um «perfeito despudor».
Em declarações à TSF, Domingues de Azevedo não percebe porque os trabalhadores têm de pagar a competitividade que as empresas precisam de ter.
«Depois os resultados dessas empresas: por acaso os titulares dos capitais das empresas têm algum gesto de distribuição desses mesmos resultados pelos seus trabalhadores?», perguntou.
Domingues de Azevedo explicou ainda que um trabalhador que ganha mil euros e que com as contribuições atuais já só trazia para casa 890 euros passará a apenas trazer 820 a partir de janeiro com as novas regras anunciadas por Passos Coelho.
«Acho que aqui, neste caso, de imediato, há um agravamento muito significativo dos descontos da pessoa», concluiu.