A IGF destruiu documentos de seis dossiers, com data de 2008, que podiam ser essenciais para se perceber que tipo de controlo foi feito sobre os contratos de gestão de risco financeiro.
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A auditoria pedida pela minsitra das Finanças no final de maio, a que o jornal Público teve acesso, revela que dos oito dossiers produzidos em 2008 necessários para analisar a atuação da Inspeção-Geral das Finanças (IGF) em relação à celebração dos contratos swap, apenas dois nao foram destruídos, Carris e CP, havendo ainda documentação sobre o relatorio final produzido sobre esta matéria.
Os restantes seis dossiers produzidos em 2008 foram eliminados, de acordo com normas internas explicadas num email enviado por uma das subinspetoras da IGF em junho.
Nesse email é dito que os processos de controlo do âmbito do setor empresarial do Estado mantêm-se ativos durante três anos.
Passado este periodo, são identificados nas caixas os papeis de trabalho e a data a partir da qual podem ser destruidos.
Uma tarefa que cabia ao diretor operacional, cargo ocupado por Heitor Agrochão, que ao ser questionado pela IGF sobre a destruição destes documentos confirma que recebeu instruções para os eliminar.
No entanto, Heitor Agrochão desconhece a razão pela qual os documentos relativos aos processos da CP e da Carris e do relatorio final ainda existem.
A auditoria reconhece que para dar resposta ao pedido de Maria Luís Albuquerque, nomeadamente determinar a existência de informação obtida sobre contratos de gestão de risco financeiro, bem como o tratamento que essa informação terá tido havia necessidade de consultar os documentos entretanto destruidos.