O antigo presidente da PT, Henrique Granadeiro, está hoje na comissão de inquérito à gestão do BES e do Grupo Espírito Santo (GES) e fez uma declaração inicial de cerca de 40 minutos sob «juramento».
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O presidente da comissão, o deputado do PSD Fernando Negrão, realçou que, após a declaração inicial, o responsável iria responder, como normalmente, às perguntas dos deputados dos vários partidos.
Henrique Granadeiro iniciou a sua intervenção dizendo querer «contribuir para o esclarecimento da verdade dos factos» e realçou falar sob «juramento» devido às suas crenças religiosas e à sua «convicção republicana».
Granadeiro garantiu ainda que nunca houve motivos para suspeitar de que as aplicações no BES pudessem trazer quaisquer problemas porque nunca foi feito nenhum reparo nem reservas a esse tipo de investimentos. Por isso, afirmou, não havia indícios de que existissem «problemas com sociedades do Grupo Espírito Santo (GES), nomeadamente a Rioforte», quando a operadora investiu 897 milhões de euros.
«Não existia qualquer elemento que permitisse concluir ou suspeitar de existência de qualquer situação que pudesse colocar em risco o investimento realizado», declarou.
Partiu do BES a «sugestão do investimento na Rioforte», acrescentou, referindo que o antigo administrador financeiro do BES, Amílcar Morais Pires, geria o financiamento e tinha o «dever reforçado de saber que informações foram deliberadamente omitidas à PT».