O ex-administrador financeiro da Portugal Telecom (PT) Luís Pacheco de Melo disse hoje que Granadeiro validou a transferência de 750 milhões de euros de dívida da Espírito Santo International (ESI) para a Rioforte e que Zeinal Bava «sempre teve conhecimento» das aplicações feitas no Grupo Espírito Santo.
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Luís Pacheco de Melo disse hoje, na comissão parlamentar de inquérito à gestão do GES e do BES que «o dr. Granadeiro, com o meu acordo, deu orientações para mudar para a Rioforte» a dívida que estava na ESI, ambas entidades do Grupo Espírito Santo (GES).
Granadeiro disse, na quarta-feira, no parlamento ser responsável apenas por um investimento de 200 milhões de euros da PT SGPS na Rioforte, num total de 897 milhões de euros.
Desse investimento de 897 milhões, sublinhou, 200 foram por si decididos enquanto presidente executivo da PT SGPS e os restantes 697 milhões de investimento em dívida da Rioforte, "holding" do GES, terão sido conduzidos por "outros".
Relativamente a Zeinal Bava, Pacheco de Melo afirmou que (ele) «sempre teve conhecimento das aplicações no GES», mas como o responsável saiu da PT para a Oi em junho de 2013, o ex-administrador financeiro não comunicou com Bava a mudança em fevereiro de 2014 de títulos de dívida da PT da Espírito Santo International (ESI) para a Rioforte, ambas do GES.
Luís Pacheco de Melo falava na comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES e do GES, onde começou a ser ouvido pouco depois das 16:00, tendo abdicado de prestar uma declaração inicial.
O responsável é o terceiro elemento ligado à PT a ser escutado pelos deputados, depois dos ex-presidentes Zeinal Bava (na passada quinta-feira) e Henrique Granadeiro (na quarta-feira).