O líder da UGT admitiu, no Fórum TSF, que, em tempos excecionais, os contribuintes sejam chamados a pagar o aumento do salário mínimo nacional com a descida da taxa social única. Já Arménio Carlos avisa que é preciso ter muito cuidado na defesa da segurança social, por ser uma área de grande relevância para os trabalhadores.
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João Proença defende que, em tempos excecionais, sejam tomadas medidas excecionais. Por isso, admitiu que sejam os contribuintes a suportar o aumento do salário minimo nacional.
O líder da UGT prometeu, segunda-feira, na reunião com a CIP apoio na descida da taxa social unica para os salários mais baixos como contrapartida para um aumento imediato do salário minimo nacional. Os patrões aceitaram a ideia.
Esta manhã, no Fórum da TSF, João Proença disse que não pode aceitar a crítica de que são os contribuintes, de novo, a suportar esta despesa porque - considerou - faz todo o sentido, em tempos difíceis, uma medida como esta.
Este responsável confessou que ainda não falou com o Governo sobre a proposta que apresentou ontem nas reuniões bilaterais.
Já a CGTP considera que esta não é a melhor solução, com Arménio Carlos a afirmar que é necessário encontrar um outro caminho que não seja uma medida avulsa, como esta de descer a taxa social única e que, no seu entender, prejudica os cofres da segurança social.
«Mais do que tirar dinheiro da segurança social, precisamos de criar mais emprego, melhorar os salários para reforçar a consolidação financeira da segurança social», defendeu.
Ouvido igualmente no Fórum da TSF, o economista João Duque sublinhou que o impacto do aumento do salário mínimo na economia vai compensar a perda de receitas na segurança social.