O secretário-geral da UGT considerou que o acordo de concertação social ajuda a suavizar a "troika". Já o presidente da Confederação do Turismo, que estava contra algumas medidas, acabou por aceitar os termos do documento.
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Este acordo visa «responder, em parte, ao memorando da "troika" com as devidas garantias aos trabalhadores, ou seja, abre campo ao que está no memorando da "troika" do despedimento por inadaptação quando não há alteração das tecnologias, mas com as devidas garantias aos trabalhadores em termos de formação e de adaptação», disse João Proença.
Após a cerimónia de assinatura deste documento, o sindicalista explicou ainda que este acordo abre caminho a que de facto «a extinção dos postos de trabalho sejam mediante critérios objectivos».
O sindicalista não quis comentar as palavras de Torres Couto, que terça-feira à noite disse que João Proença, ao assinar o acordo de concertação social, tinha assinado a certidão de óbito da UGT.
Na reacção, o secretário-geral do sindicato disse apenas que vai esperar para ver se daqui a dois ou três anos a UGT morreu ou não.
Apesar de considerar as novas regras relativas às pontes e feriados, que podem ser descontados nas férias pelos patrões, prejudiciais para o turismo, o presidente da Confederação do Turismo de Portugal acabou por aceitar os termos do acordo.
«Para o turismo quanto mais férias e quanto mais feriados melhor, mas entendemos que o nosso interesse não se pode sobrepor ao interesse do país, logo, claro que concordamos com situações equilibradas», justificou José Carlos Pinto Coelho.