A nova directora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI) lançou, este domingo, um alerta para a situação dos Estados Unidos e elogiou o seu antecessor.
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Christine Lagarde confessou que não quer imaginar nem por um segundo que os Estados Unidos entrem em incumprimento porque isso teria consequências verdadeiramente graves para toda a economia mundial.
Em entrevista à televisão ABC, a sucessora de Dominique Strauss-Kahn enumerou os perigos: a subida das taxas de juro e graves convulsões nos mercados financeiros.
Assim, Lagarde espera que o congresso norte-americano chegue rapidamente a um acordo sobre o limite da dívida pública.
Os EUA estão actualmente num impasse político. Democratas e republicanos têm de aprovar até ao início de Agosto um aumento da divida pública, uma vez que esta já atingiu o limite máximo autorizado pelo Congresso.
Christine Lagarde sublinhou que um falhanço nas negociações significaria um choque, uma nova maldade com efeitos deploráveis, não só para os Estados Unidos, mas também para toda a economia mundial.
Nesta entrevista deixou ainda elogios a Strauss-Kahn, afirmando que fez um excelente trabalho e que, por isso, vai continuar os objectivos traçados.
Lagarde não escondeu, no entanto, que as circunstâncias em que Strauss-Kahn saiu deixaram marcas na instituição. Deu conta de sentimentos contraditórios de apoio, frustração, irritação e de uma tristeza profunda.
Entretanto, o secretário norte-americano do Tesouro já garantiu que Barack Obama vai trabalhar para conseguir o maior acordo possível no Congresso quanto ao aumento do tecto da dívida pública e que deve ser aprovado até 2 de Agosto.
Vários analistas consideram que se este acordo falhar, há o risco de uma nova recessão nos Estados Unidos, uma vez que se não for aprovado o aumento do limite da dívida o risco é de não pagar a dívida.