O número é avançado por Alberto Neves, vice-presidente da Associação dos Indignados e Enganados do Papel Comercial.
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Os termos do acordo serão revelados esta segunda-feira pelo primeiro-ministro e preveem que os pequenos investidores possam recuperar até 75% do capital investido em papel comercial do Grupo Espírito Santo. Alberto Neves, representante dos lesados, diz que a maioria vai subscrever o plano.
"Esta solução, que deverá ter a aprovação de mais de 50% dos lesados, terá certamente pernas para andar". O dirigente a AIPEC esclarece ainda que o número total de lesados ascende a 1000.
Sem querer detalhar os termos do acordo que será anunciado, Alberto Neves confirma as linhas gerais do entendimento alcançado pelo Governo, Banco de Portugal, CMVM e representantes dos lesados que têm vindo a público. Assim, quem investiu até 500 mil euros poderá recuperar 75% do investimento até um máximo de 250 mil euros. Para quem fez investimentos superiores a 500 mil euros deverá contar com um reembolso máximo de 50%. A devolução do dinheiro deverá ser feita de forma faseada e começará já no próximo ano.
Para Alberto Neves, este "é obviamente um bom acordo" tendo em conta "as circunstâncias" e a "conjuntura que estamos a viver", concluindo que "não será o desejável, mas o possível".
O dirigente da AIPEC esclarece que o entendimento prevê que "as pessoas não poderão à partida litigar contra o Novo Banco, o Governo e o Banco de Portugal". Alberto Neves aconselha os lesados a procurarem apoio jurídico antes de subscrever o acordo.
A solução para os lesados do BES é apresentada esta tarde pelo primeiro-ministro.