O líder do Bloco de Esquerda propôs, esta quarta-feira, a criação de um novo imposto de 10 por cento sobre as empresas registadas no «off-shore» da Madeira.
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A medida, apresentada numa conferência de imprensa no centro do Funchal, é uma das 10 propostas avançadas pelo BE para recuperar economicamente a região e poupar os madeirenses mais desfavorecidos do anunciado reforço da austeridade para responder ao buraco financeiro da região.
«Se os madeirenses estão hoje a viver esta aflição do rombo orçamental provocado pelos amigos e cúmplices de Alberto João Jardim, vamos nós aceitar que o IVA suba para que os mais pobres da Madeira fiquem com o ordenado mais pequeno ou com a pensão mais pequena ou vamos dizer que quem explora e não paga um cêntimo de imposto agora tem que pagar?», questionou Louçã.
Dando como exemplo um escritório no Funchal onde estão registadas mil empresas, entre as quais «a maior empresa siderúrgica do mundo», que «declarou exportações de 780 milhões de euros», o líder bloquista declarou que «os madeirenses têm o direito de lhes dizer que têm de pagar algum imposto nesta ilha que está a explorar».
«Que se institua um imposto de 10 por cento sobre as empresas que não têm pago nenhum imposto, que não fazem declarações de imposto e que não têm nenhum empregado na Madeira (?) um imposto sensato sobre quem não pagou nada e representa uma grande parte desta economia subterrânea é uma solução sensata», defendeu.
Na contagem decrescente para as eleições de domingo na Madeira, Louçã esteve esta tarde na marina da Ponta do Sol, uma obra apontado como exemplo dos muitos erros cometidos por Alberto João Jardim no que respeita a investimento público.
«É uma obra que não serve para ninguém a não ser para quem já embolsou um total de 105 milhões de euros com Alberto João Jardim a fazer três inaugurações», afirmou Louçã.